A prefeitura do Rio de Janeiro foi proibida provisoriamente de seguir com a distribuição gratuita de 547 mil ingressos para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio. A decisão foi tomada pelo juiz Marcello Rubioli, responsável pela Fiscalização da Propaganda Eleitoral, e tem como objetivo evitar a exploração política do ato em ano eleitoral. Com isso, são afetados os programas “Ingressos para todos”, “Ingresso carioca” e “Aluno Rio 2016”.
Em contato com o UOL Esporte, a Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio de nota oficial, disse ter sido notificada da decisão e “está analisando a decisão para dar todas as explicações à Justiça Eleitoral”.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, tem 48 horas para informar ao órgão quais são os critérios de distribuição das entradas e quais grupos serão beneficiados. Na ação, Marcello Rubioli também quer saber se acontecerá algum tipo de cerimônia de entrada e se alguma entidade governamental ou privada recebeu credenciamento para a distribuição.
Além de Eduardo Paes, são reús na ação o deputado federal e ex-secretário de governo Pedro Paulo (PMDB-RJ), eventual candidato à sucessão municipal, Helena Bomeny, secretária municipal de Educação, Marcelo Queiroz, secretário de Administração, e Carlos Alberto da Silva Rocha, secretário da Pessoa com Deficiência.
O evento mais afetado pelos programas é a Paraolimpíada. Dos 720 mil ingressos vendidos, 500 mil foram adquiridos pela Prefeitura do Rio e apenas 220 mil por torcedores individualmente. A compra das entradas custou R$ 5 milhões aos cofres municipais.
Em declaração feita na última semana, Pedro Paulo anunciou que só 547 mil entradas serão compradas pelo município. Além dos 500 mil ingressos paraolímpicos, a prefeitura vai comprar e distribuir 47 mil entradas olímpicas.
“Temos como objetivo, não só aumentar a experiência da nossa população com a Paraolimpíada, mas também ajudar na venda de ingressos para viabilizar os Jogos”.