Timbaleiros reivindicam a volta dos antigos cantores
Conhecida pelo som do timbal, a banda Timbalada, criada por Carlinhos Brown, é considerada um dos maiores sucessos do Axé Music. Com 27 anos de banda e 23 de bloco, a banda já passou por várias transformações. A mais marcante foi a saída de Ninha, em 2006.
Dentre tantas mudanças, a que mais desagradou foi a chegada da alagoana Millane Hora. A partir daí, a Timbalada deixou a desejar para os timbaleiros (como são chamados os fãs da banda), que logo começaram manifestações de raiva e decepção nas redes sociais. Millane ficou apenas sete meses na banda, saindo em junho de 2017, e Denny no mês seguinte. Como forma de protesto, os fãs não foram mais aos ensaios, migraram para outros blocos e camarotes. A partir daí, o preço do bloco despencou de R$ 450 para R$ 220. A nova formação composta por Paula Sanffer, Buja Ferreira e Rafa Chagas também não agrada.
Timbaleiros revoltados
O professor Alex Bahia, 40 anos, é fã da banda desde 1993, e, para ele, a nova formação desagradou. “Essa nova formação é horrível. A essência se perdeu, nenhuma banda resistiu a tantas mudanças, desde a entrada de Millane que os fãs estão em guerra com a produção da banda. Desde 1993 que eu sigo a banda, mas agora a paixão acabou, depois de tanto desrespeito. Os fãs não são respeitados e nem ouvidos”, lamenta.
Antiga formação da Timbalada com Xexéu, Patrícia e Ninha. Foto: reprodução
Alex disse ainda que os timbaleiros estão organizando um movimento chamado “A Origem”, que é uma tentativa de selar a harmonia entre a banda e os fãs, já que estão insatisfeitos com as atuais mudanças. Eles alegam que os atuais vocalistas estão desagradando e estão reivindicando a volta dos antigos cantores. “Queremos Ninha, Amanda, Patrícia e até mesmo Xexéu de volta, qualquer formação que relembre os tempos de ouro da Timbalada, nesse verão os ensaios nem aconteceram no Museu do Ritmo, o que o público quer é a originalidade”, diz.
Amor eternizado na pele
O timbaleiro Carlos Antônio Santos, 39 anos, eternizou seu amor pela banda na pele. Quando Ninha saiu da banda, ele fez uma tatuagem em homenagem a banda. “O que mantém a chama timbaleira é o sentimento que ela nos causa e o arrepio que nos faz sentir. A Timbalada, nos últimos anos, perdeu sua efervescência percussiva. Seu líder maior, Carlinhos Brown, passou a fazer da banda um laboratório para seus trabalhos, colocando sons eletrônicos e batidas sampleadas, diminuindo os percussionistas e descaracterizando todo um movimento”, analisa.
Às vésperas do Carnaval, as vendas do bloco Timbalada não se esgotaram, segundo os pontos de vendas. Para completar, será vendido somente o sábado de Carnaval. Antigamente, os timbaleiros faziam fila para comprar ingressos para os ensaios de verão e a banda se apresentava desde a quinta-feira de carnaval, até a quarta de cinzas, no tradicional arrastão. Resta saber se, na folia de 2018, Carlinhos Brown vai atender o pedido dos timbaleiros.
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