A rota de desvio da BR-101, que passa pelo distrito de Santa Maria Eterna, em Belmonte, tem se tornado um pesadelo para os moradores. O grande fluxo de veículos, redirecionado após a interdição de uma ponte em Itapebi, está causando transtornos generalizados.
A principal reclamação é a poeira intensa, que tem lotado os postos de saúde da região com pessoas sofrendo de problemas respiratórios. Em entrevista ao site Bahia Notícias, o prefeito Iêdo Elias externou seu desapontamento com a postura do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Ele relatou que foi até Salvador cobrar medidas para minimizar os impactos e sugeriu o asfaltamento do trecho, mas a resposta que recebeu foi frustrante: o DNIT ofereceu apenas um carro-pipa para molhar a terra.
Elias classificou a atitude do órgão como “omissa” e “insuficiente”. “Não resolveu nada. O que o DNIT fez foi ceder à prefeitura um carro-pipa. Só que quando chove a estrada vira um atoleiro. E se fizer três, quatro dias sem chuva, fica uma poeira que ninguém suporta”, lamentou o gestor.
Promessas não cumpridas e a responsabilidade do DNIT
A estrada em questão foi construída originalmente por uma parceria entre o Governo do Estado e a empresa Veracel, para escoar sua produção e evitar o tráfego pesado da BR-101. No entanto, com a interdição da ponte, o trecho passou a ser a principal rota alternativa.
O prefeito Iêdo Elias já havia previsto os transtornos. Em maio, ele participou de uma audiência na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e cobrou a pavimentação do desvio, antes que a situação se agravasse. Em junho, uma reunião entre moradores e o DNIT prometeu intervenções para o início de julho, mas a promessa não foi cumprida. “O imprevisível nos pega de surpresa, mas o que é previsível não”, criticou o prefeito.
O que dizem os órgãos?
Questionada, a Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) informou que a responsabilidade pela manutenção da estrada de desvio é do DNIT, enquanto a ponte da BR-101 estiver interrompida. Um termo de compromisso entre os dois órgãos, assinado em abril, formaliza essa responsabilidade. Por sua vez, o DNIT defendeu sua atuação. Em nota, o órgão declarou que está utilizando três caminhões-pipa para o umedecimento do trecho e que trabalha para manter a via em boas condições de tráfego e sinalização.
Em relação à ponte sobre o Rio Jequitinhonha, o DNIT afirmou que já contratou e iniciou os serviços de reabilitação da estrutura existente e a construção de uma nova travessia. A previsão para o início das obras é de 90 dias a partir da assinatura da Ordem de Serviço, que ocorreu em 24 de julho. O órgão espera que, com a reabilitação da ponte, o volume de veículos no desvio diminua significativamente.
Fonte: belmontenews.com/













